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6 de maio de 2013

A HISTÓRIA DO MEU CÃO FRED - HISTÓRIA REAL ESPIRITA


A HISTÓRIA DO MEU CÃO FRED
"A história que conto começou no dia 23/12/2006....

A irmã do meu cunhado tinha uma cachorra pastor alemão que teve 12 cachorrinhos, porém ela havia cruzado com um vira-lata e os cachorrinhos sairam cada um de um jeito.


Dentre todos, um era muitoooo feio, tinha as orelhas grandes, não tinha rabo (só um cotozinho), era de uma cor não definida, enfim ninguém que ela ofericia queria ficar com ele. A irmã do meu cunhado tinha que desfazer dos cachorros rápido, pois a mãe (a pastor alemão) tinha sido atropelada e desencarnou. Eu nem tinha muito contato com essa moça e nem sabia que ela tinha esses cachorros.

Um dia à noite na casa de minha sogra, meu cunhado me contou  a história e perguntou se eu queria, mas como eu já tinha dois, meu marido disse que não queria de jeito nenhum, ele argumentou de todas as formas (sem me contar que era o feio que ele queria me dar) mas eu nao entrei em conflito com meu marido. Ele insistiu ainda no outro dia e como nao teve recurso me contou a história do cachorrinho que ninguém queria...eu me compadeci na hora, mas meu marido foi mais firme ainda em afirmar que não queria.

Porém no dia 23/12/2006, como nao tinha mais recurso, meu cunhado pegou o cachorrinho e deixou lá em casa tarde da noite (a gente já estava dormindo), bateu palma e eu levantei e lá estava ele enrolado num paninho com frio numa caixinha de papelão....soube na hora que tinha sido meu cunhado, mesmo sem tê-lo visto. Ele só o deixou e foi embora rápido com o carro....

Nunca o achei feio...ele era diferente, as orelas realmente eram desproporcionais, bem como o rabo, a cor era bem diferente. Entretanto, tinha os olhos mais lindos que eu já tinha visto. Meu marido ficou muito bravo, queria pegar o carro e ir devolvê-lo, mas eu argumentei que era véspera de natal, que não íamos discutir, que deixasse ele ficar uns dias e que eu arrumaria alguém que o quisesse de verdade...

Arrumei uma casinha improvisada para ele junto da Lana e do Bartolomeu, mas ele se levantou e foi para a frente da casa sozinho. Nunca chorou como os cachorros pequenos...sempre foi forte e valente. Me conquistou por inteiro na hora que o vi.

Uma semana depois eu disse ao meu esposo que não conseguia mesmo alguém que o quisesse (na verdade nunca procurei...rsrs), e disse que tínhamos espaço e condiçoes para criar mais um. Falei “Escolhe um nome que você gosta para ele, e ele será seu amigo (...)”. Ele disse que sempre quis ter um cachorro quando criança e que a mãe dele nunca deixou e que ele tinha o sonho de colocar o nome de Frederico...Eu disse “Então, pronto! Ele agora se chama Frederico”. E o Frederico ficou....amigo, companheiro leal, cuidadoso, sensível por demais, apaixonante. Ficou lindo! (sempre foi - só eu achava).

Em 2008 nasceu nossa filhinha e o Fred se apaixonou por ela, deitava debaixo do berço, do lado do carrinho, se ela saia ele chorava desesperado, e a Manu também o amava demais ....

No final de 2008 comecei a achar o Fred triste e reparei em algumas falhas nos pêlos e que as unhas dele estavam bem grandes. Leishimaniose. Não teve recurso, foram remédios, coleiras....mas não teve jeito, em julho de 2009 ele se foi.

Nossa casa ficou muito vazia, nessa época tinha a Lana com sua filhinha do Fred a Luna e que ficamos com ela, e o Bartolomeu já tinha ido embora também.

Entretanto, sem o Fred, tudo ficou muitooooo triste. Ele tinha um jeito menino moleque, de cheirar minhas samambaias e derrubar meus xaxins sem que eu pudesse ficar brava com ele, se jogava no chão de cansaço e se esparramava todo desengonçado de um jeito único que só ele fazia, se dobrava ate o chão quando eu ia fazer um carinho nele como se tivesse com cócegas.....foi muito triste sua partida. Dois meses depois, com 17 anos, a Lana também se foi.

E o tempo passou....

Em uma madrugada de domingo (às 5 da manhã) do mês maio de 2011, eu estava indo para uma reunião no Núcleo Espírita  e foi quando adentrei o terreno enorme da nossa casa espírita, pois vi um vulto passar muito rápido na frente do carro, e não percebi para onde foi.....

Quando estacionei e abri a porta,  desci do carro e senti duas patas nos meus ombros. Foi muito rápido, me assustei e ele grunhia como a dizer “Te achei! Te achei! Te achei!” Eu só conseguia repetir “Fred! Você voltou! Você voltou!”, abraçando-o. Rolamos no chão, o barulho foi tanto que quem já estava no centro saiu para ver o que era, quando me viram rolando com um cachorro no chão, pensaram que ele estava me mordendo e correrram para acudir.

Eu chorava e ele me abraçava, me lambia, me cheirava....quando consegui explicar o que estava acontecendo (nem eu sabia direito, só tinha certeza que era ele que estava ali), uma médium da casa falou que realmente aquele era o meu Fred que havia voltado. Ele era igualzinho ao Fred de antes, com uma única diferenca, o rabo. A impressão que dava era de um rabo duro e disforme foi colado ao coto que ele tinha. Só isto. O mesmo olhar...tudo... ERA ELE.

Nem fiquei para a reunião, corri para casa com ele no carro. Quando chegamos, mal abri o portão e ele foi derrubar meus vasos de samambais! Nessa altura, ninguém mais sabia se eu estava rindo ou chorando, quando ele viu a Manu (que já falava e tinha crescido), ele chorou tanto de sair lágrimas nos olhinhos dele. “Meu Fred! Você voltou para mim!”, a Manu falava...

Levamos ele no veterinário que me falou o que eu já sabia, que era um cachorro de aproximadamente 1 ano e pouco e sem raça definida. Amo muito o Fred. Sempre me pego olhando para ele e percebo que ele faz as mesmas coisas, reconhecendo  todas as pessoas (algumas nem sabem que ele se foi e voltou), acham que é e sempre foi o mesmo cachorro.

Por vezes, fico olhando, olhando e tentando compreender esse sentimento enorme que nos cativa e arrebata o espírito, que nos liga uns aos outros com a certeza de que na vida nada é por acaso.




Essa e minha história, muito longa, mas creio que quem ler vai gostar de saber que nossos amiguinhos que se foram podem sim voltar.

Um beijo. Ana Paula, Manu e Fred."

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