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1 de maio de 2013

Neurocirurgião volta do coma e se convence que há vida após a morte




Neurocirurgião volta do coma e se convence que há vida após a morte

O Fantástico conta uma história do além! Um neurocirurgião americano nunca acreditou em vida após a morte até passar por uma experiência dramática. Ele entrou em coma profundo, teve visões de uma espécie de paraíso, e voltou convencido de que existe vida do outro lado.

O que existe depois que a vida acaba? Para o neurocirurgião Alexander Eben, a morte sempre significou o fim de tudo. Ele entende do assunto: foi professor da escola de medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e há mais de 25 anos estuda o cérebro.

Sempre tinha uma explicação científica para os relatos dos pacientes que voltavam do coma com histórias de jornadas fora do corpo para lugares desconhecidos. Até que ele próprio vivenciou uma delas. E agora afirma: existe vida após a morte.

Era 10 de novembro de 2008. O doutor Alexander é levado às pressas para o hospital, com fortes dores de cabeça. Ao chegar lá, é imediatamente internado na UTI. Em poucas horas já estava em coma profundo.

Ele havia contraído uma forma rara de meningite. Quando o doutor Alexander entrou no hospital os médicos disseram à família que a possibilidade dele sobreviver seria muito baixa. Ele ficou em coma profundo por sete dias. E foi durante esse período que o doutor Alexander afirma ter tido a experiência mais fantástica que um ser humano pode ter.

Na jornada que eu tive não existia corpo, apenas a minha consciência, diz o médico. Meu cérebro não funcionava. Eu não me lembrava de nada da minha vida pessoal, meus filhos, ou quem eu era.

Ele escreveu um livro para relatar a sua experiência de quase morte. E conta que primeiro foi levado para um ambiente escuro, lamacento e em seguida chegou a um lugar bonito e tranquilo. Um vale extenso, muito verde, cheio de flores e repleto de borboleta, diz ele. Ele conta que viu também um espírito lindo, uma mulher com uma roupa simples e com asas. Ela me disse: ‘você vai ser amado para sempre, não há nada a temer, nós vamos cuidar de você’.

Perguntamos ao doutor Alexander se ele viu Deus. Ele disse que sim: Deus estava em tudo ao meu redor, ele estava lá o tempo todo.

Um pesquisador da Universidade Federal de Juiz de Fora participa do maior estudo mundial já feito sobre as experiências de quase morte.

“Os estudos mostram que apenas 10%, uma em cada dez pessoas que tiveram uma ressuscitação bem sucedida relatam experiência de quase morte. Os pacientes que vivenciaram uma experiência de quase morte tendem a ter ao longo do tempo, por exemplo, aumento da satisfação com a vida, tendem a ter diminuição do medo da morte, maior apreciação da espiritualidade, maior apreciação da natureza”, afirma o professor de psiquiatria da Universidade de Juiz de Fora Alexander Moreira-Almeida.

A morte é uma transição, não é o fim de tudo, resume o doutor Alexander. Minha jornada serviu para me mostrar que a consciência nossa existe além do corpo, e ela é muito mais rica fora dele. Isso pode significar que a nossa alma, nosso espírito, seria eterno.

No Brasil, existem pacientes como o doutor Alexander. Outro caso aconteceu com a mãe de Vera Tabach que passou três meses em coma. Ela voltou contando uma história incrível.

“Ela confessou que nesse período de coma ela se viu como se fosse num quarto de hospital sempre numa cama com várias pessoas em volta de branco. Ela disse que tinha feito um acordo. Que eles tinham dado mais 20 anos para ela, que ela ia conseguir criar os filhos e depois ela ia embora. E a gente achou aquilo uma história, mas realmente aconteceu”, lembra a jornalista Vera Tabach.

Dia 17 de outubro de 1974, quando ela foi para UTI. E voltou depois de um tempo. Quando passou 20 anos, em 1994, em abril, ela começou a se sentir mal. Às 5h, 18 de outubro de 1994, ela morreu.

“Ela sempre dizia que na vida só não tinha jeito pra morte. E depois que ela voltou ela disse que até para morte tinha jeito” conta Vera Tabach.

O doutor Alexander diz que por dois anos tentou achar uma explicação científica para o que aconteceu com ele e com esses outros pacientes. Queria saber se tudo podia ser uma ilusão produzida de alguma maneira pelo cérebro, conversei com colegas da área e cheguei à conclusão de que não há como que explicar. Não foi alucinação, não foi sonho.

Mas nem todos concordam. O professor de neurociências da Universidade de Columbia, Dean Mobbs, diz que é difícil acreditar num desligamento completo do cérebro. E que mesmo no caso do doutor Alexander, outras áreas do cérebro podem ter permanecido ativas, provocando as sensações que ele descreve.

O nosso cérebro é muito bom em transformar a realidade. Em um acidente, como um trauma na cabeça, os caminhos do cérebro podem ser danificados mas é possível que ele encontre outras maneiras de identificar os sinais que vêm de fora e criar uma nova experiência como a da quase morte, por exemplo.

O uso de fortes analgésicos e a baixa oxigenação do cérebro durante estados de coma podem explicar que luzes e sons estranhos sejam percebidos pela mente.

E a sensação de estar fora do corpo já foi induzida artificialmente em muitas pesquisas. Eu acho que essas experiências de quase morte na realidade são uma maneira do cérebro lidar com um trauma.

A ciência ainda não tem respostas conclusivas sobre as experiências de quase morte.

“A grande discussão que existe hoje é: a mente é um produto do cérebro, o cérebro produz a mente; ou a mente é algo além do cérebro, mas que se relaciona com o cérebro”, questiona Alexander.

Independentemente do que tem acontecido, diz a esposa do doutor Alexander, para ela, que ficou ao lado do leito do hospital esperando o marido voltar, o final foi feliz. Quando chegamos em casa e sentamos no sofá, não acreditei que ele estava junto comigo de novo.


Reportagem publicada na página do Fantástico, em 24 de março de 2013
24/4/2013

MAGNETISMO DO BANHO - ANDRE LUIZ

MAGNETISMO DO BANHO
 
O poder da água.
O contato da água no corpo provoca um estímulo magnético que percorre todo o organismo, deixando-o calmo, e preparando-o para o sono reparador ou para as lutas de cada dia.
O banho diário, quando encontra na mente apoio, torna-se um passe.
Além das virtudes curativas da água, enxertar-se-ão fluidos  magnéticos, de acordo com a irradiação da alma.
A disciplina dos pensamentos é uma fonte de bem-estar na hora da higiene do instrumento carnal.
No instante do banho é preciso que se entenda a necessidade da alegria, que nosso pensamento sustente o amor, até um sentimento de gratidão à água que nos serve de higiene.
Visualize, além da água que cai em profusão, como fluidos espirituais banhando todo o seu ser.
O impulso dessa energia destampa em nosso íntimo a lembrança da fé, da esperança, da solidariedade, do contentamento e do trabalho.
Por este motivo, banho e passe, conjugados, são uma magia divina ao alcance de nossas mãos.
O chuveiro seria como um médium da água e esta o fluido que vivifica o corpo.
Poder-se-á vincular o banho ao passe, e ele poderá ser uma transfusão de energias eletromagnéticas, dependendo do modo pelo qual nós pensamos enquanto nos banhamos.
Uma mente ordenada na alta disciplina e pela concentração, em segundos, selecionará, em seu derredor, grande quantidade de magnetismo espiritual e os adicionará, pela vontade, na água que lhe serve de veículo de limpeza física, passando a ser útil na higiene psíquica.
Observem que, ao tomar banho, sentimo-nos comovidos, a ponto de nos tornarmos cantores!
E a alegria advinda da esperança nos chega da água, que é portadora dos fluidos espirituais, que lhes são ajustados por bênção do amor.
O lar é o nosso ninho acolhedor, e nele existem espíritos de grande elevação, cuja dedicação e carinho com a família nos mostrará como Deus é bom.
Essa assistência atinge, igualmente, as coisas materiais, desde a harmonização até o preparo das águas que nos servem.
Quantas doenças surgem e desaparecem sem que a própria família se conscientize disso?
É a misericórdia do Senhor pelos emissários de Jesus, operando na dimensão oculta para os homens, e encarregados de assistir ao lar.
Eles colocam fluidos apropriados nas águas para o banho, e nas que bebemos.
E, quando eles encontram disposições mentais favoráveis, alegram-se pela grande eficiência do trabalho.
Na hora das refeições, é sagrado e conveniente que as conversas sejam agradáveis e positivas.
No momento do banho, é preciso que ajudemos, com pensamentos nobres e orações, para que tenhamos mãos mais eficientes operando em nosso favor.
Se quisermos quantidade maior de oxigênio nitrogenado, basta pensarmos firmemente que estamos recebendo esses elementos, e a natureza nos dará isto, com abundância.
É o “pedi e obtereis”, do Cristo.
E, com o tempo, estaremos mestres nessa operação que pode ser considerada uma alquimia.
A alegria tem também bases físicas.
Um corpo sadio nos proporcionará facilidades para expressar o amor.
Quando tomar o seu café pela manhã, tome convicto(a) de que está absorvendo, juntamente com os ingredientes materiais, a porção de fluidos curativos, de modo a desembaraçar todo o miasma pesado que impede o fluxo da força vital em seu corpo.
E sairá da mesa disposto(a) para o trabalho, como também para a vida.
Despeça-se de sua família com carinho e atenção, e deixe que vejam o brilho otimista nos seus olhos, de maneira a alegrar a todos que o amam; assim, eles lhe transmitirão as emoções que você mesmo despertou neles e isso lhe fará muito bem.
Lembre-se de que um copo de água que tome, onde quer que seja, pode ser tomado e sentido como um banho e passe internos.
Não se esqueça de bebê-lo com alegria e amor, lembrando com gratidão de Quem lhe deu essa água tão necessária, pois se ela vem rica de dons espirituais, aumentará a sua conexão com o divino poder interno.
É muito bom estar consciente a cada coisa que nos acontece e estar agradecido, se sentindo abençoado(a) e cheio(a) de amor.
A consciência, a gratidão e o amor são dois caminhos paralelos, que a felicidade percorre com alegria.
André Luiz 

20 de abril de 2013

VÍDEOS-AULA - 6 MÓDULOS - Modelos de Liderança, Trabalho e Autotransformação


Modelos de Liderança, Trabalho e Autotransformação 

1º. Módulo: Jesus, arquétipo da liderança com amor
1 A: O mestre de amor, o consolador prometido e a grande transição
1 B: O mestre de amor e os trabalhadores de última hora 
1 C: O mestre de amor e os novos trabalhadores do Senhor

2º. módulo:
Pedro, arquétipo da transformação da insegurança 
em autoconfiança para o trabalho do bem

3º. módulo: 
Maria de Magdala, arquétipo da transformação do 
prazer sensual em prazer de servir

4º. módulo: 
Paulo de Tarso, arquétipo da transformação da 
onipotência e prepotência em poder com amor












Modelos de Liderança, Trabalho e Autotransformação - Disco 01



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Modelos de Liderança, Trabalho e Autotransformação - Disco 02

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Modelos de Liderança, Trabalho e Autotransformação - Disco 03

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Modelos de Liderança, Trabalho e Autotransformação - Disco 04

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Modelos de Liderança, Trabalho e Autotransformação - Disco 05

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Modelos de Liderança, Trabalho e Autotransformação - Disco 06

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OS ANIMAIS TÊM ALMA







OS ANIMAIS TÊM ALMA
Muitos duvidam da existência da alma nos animais, achando que apenas o homem a possui. Outros, entretanto, afirmam que eles não só têm alma, como esta é igual à do homem. Entendendo-se como alma a parte imaterial do ser, o espírito, os animais a possuem sim e esse princípio independente da matéria sobrevive ao corpo físico.
Nesse propósito, temos em O Livro dos Espíritos a seguinte explicação: “É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distância equivalente à que medeia entre a alma do homem e de Deus”. Na mesma obra, encontramos também um esclarecimento muito importante para o assunto em pauta: “Após a morte, conserva a alma dos animais a sua individualidade e a consciência de si mesma? Conserva a sua individualidade; quanto à consciência do seu eu, não. A vida inteligente lhe permanece latente”.
No livro Os Animais têm Alma?, Ernesto Bozzano, conhecido filósofo e metapsiquista italiano, apresenta 130 casos de materializações de animais, visão e identificação de espíritos de animais mortos, alucinações telepáticas percebidas ao mesmo tempo pelo animal e pelo homem, bem como várias aparições de animais sob forma simbólico-premonitória. Cada caso é devidamente documentado e os comentários, apresentados com suas respectivas conclusões, são de difícil contestação.
A psique animal
A respeito de sua obra, Bozzano afirma: “Ela consiste em um primeiro ensaio para demonstrar, por um método científico, a sobrevivência da psique animal. É preciso voltarmos ao nosso assunto e concluirmos salientando que a existência de faculdades supranormais na subconsciência animal, existência suficientemente comprovada pelos casos que expusemos, constitui uma boa prova em favor da psique animal. Para o homem, deve-se inferir que as faculdades em questão representam, em sua subconsciência, os sentidos espirituais pré-formados esperando se exercerem em um meio espiritual (como as faculdades dos sentidos estavam pré-formadas no embrião esperando se exercerem no meio terrestre). Se assim é, como as mesmas faculdades se encontram na subconsciência animal, deve-se inferir daí, logicamente, que os animais possuem, por sua vez, um espírito que sobrevive à morte do corpo”.
Em Nosso Lar, de André Luiz, encontramos um trecho que dá conta da existência de animais no plano astral: “Seis grandes carros formato diligência, precedidos de matilhas de cães alegres e barulhentos, eram tirados por animais que, mesmo de longe, me pareceram iguais aos muares terrestres. Mas a nota mais interessante era os grandes bandos de aves, de corpo volumoso, que voavam a curta distância, acima dos carros, produzindo ruídos singulares”.
O que estariam fazendo esses animais que acompanhavam a caravana dos samaritanos, constituída por espíritos abnegados que iam até o umbral buscar enfermos para serem tratados nas “câmaras de retificação”? Colaborando. Os cães facilitavam a penetração nas regiões obscuras e afastavam seres monstruosos, os muares puxavam cargas e forneciam calor onde necessário e as aves devoravam as formas mentais odientas e perversas.
O pai da médium Yvonne A. Pereira, por meio de mensagem psicografada por ela, enviou um importante contributo para o nosso assunto. Ao desencarnar, ele foi levado para uma cidade pequena, sossegada, apropriada para convalescentes. Ao despertar, após três dias de seu decesso, encontrava-se só em uma varanda orlada de trepadeiras floridas. “O único rumor partia do orquestrar longínquo de uns pássaros, verdadeira melodia que ressoava aos meus ouvidos com delicadeza e ternura”, disse.
Cuidar dos animais
No livro O Consolador, Emmanuel esclarece quanto à missão que os humanos têm com relação aos nossos irmãos menores, que são os animais: “Sem dúvida, também a zoologia merece o zelo da esfera invisível, mas é indispensável considerarmos a utilidade de uma advertência aos homens, convidando-os a examinar detidamente seus laços de parentesco com os animais dentro das linhas evolutivas, sendo justo que procurem colocar os seres inferiores da vida planetária sob seu cuidado amigo. Os reinos da natureza, aliás, são o campo de operação e trabalho dos homens, sendo razoável considerá-los mais sob a sua responsabilidade direta que propriamente dos espíritos, razão porque responderão perante as leis divinas pelo que fizerem em consciência com os patrimônios da natureza terrestre”.
Sábia advertência, felizes os que a escutarem. Nosso carinho e solidariedade devem se estender aos seres que, mesmo estando abaixo de nós na escala evolutiva, são capazes de nos servir e amar. Necessitamos deles como eles necessitam de nós. E nessa troca de trabalhos e afetividade, todos ganham.

Fonte: Revista Cristã de Espiritismo

16 de abril de 2013

O CÂNCER SEGUNDO O ESPIRITISMO



O CÂNCER SEGUNDO O ESPIRITISMO

1 – O câncer é uma enfermidade cármica? 

Segundo informam os mentores espirituais, doenças graves, como o câncer, podem surgir por válvulas de escoamento de desajustes perispirituais, nascidos de nossos desatinos no passado, observada a lei de causa e efeito, que rege nossa evolução. Representam uma espécie de tratamento de beleza para o Espírito.


2 – O fumante inveterado, que fuma dois a três maços de cigarro por dia, dificilmente escapará do câncer no pulmão. Não haveria aí uma exceção?

Ainda aqui temos um princípio de causa e efeito, remontando não ao passado remoto, mas à existência presente. O carma do fumante inveterado será o câncer no pulmão. É um problema de uso. Se usamos mal a máquina física, submetendo-a a excessos e viciações, fatalmente colheremos as conseqüências dos desajustes que lhe estamos impondo.


3 – E no caso do fumante passivo?

Hoje está demonstrado, estatisticamente, que há uma incidência significativa de câncer no pulmão em pessoas que “fumam” indiretamente, absorvendo a fumaça de ambientes saturados pelas baforadas dos viciados. Incontáveis problemas de saúde surgem a partir das condições de vida na Terra, a começar pela poluição dos grandes centros urbanos, gerando não apenas o câncer, mas, também, moléstias do aparelho respiratório. Na atualidade há grande preocupação com a incidência de câncer de pele que é assustadora, em decorrência do desgaste da camada de ozônio, provocada também pela poluição. A relação de causa e efeito, nesses casos, está na indiferença e no desrespeito do homem com a Natureza.


4 – Diríamos que as vítimas de câncer motivado por essas contingências não estão resgatando dívidas?

Há uma tendência no meio espírita de associarmos enfermidade a problemas cármicos, oriundos de vidas passadas, quando, em boa parte, ela surge como um problema de uso. O corpo é uma máquina que tem suas necessidades e limitações. Se não o atendemos em suas necessidades, se não observamos suas limitações, a tendência é ficarmos doentes, como um motorista que terá problemas com seu automóvel se não cuidar bem dele.


5 – Dentro desse contexto, como explicar as tendências genéticas ao câncer?

Filhos de pais que tiveram câncer têm uma possibilidade maior de contrair a doença, em virtude da herança genética. A expressão tendência significa que nem todos os filhos de pais com câncer irão contrair a doença. Aqui entram o carma, as condições ambientes, os cuidados com o corpo. Se não há no perispírito do filho desajustes que favoreçam o câncer, se o ambiente em que vive é saudável, se cuida bem com o corpo, dificilmente contrairá a moléstia, ainda que ela conste de seu histórico familiar.


6 – Para muita gente o câncer equivale a um anúncio de morte próxima. Deixam-se dominar pela doença e efetivamente morrem. É uma postura correta?

Totalmente incorreta. Foi-se o tempo em que o câncer equivalia a um atestado de óbito. A Medicina evoluiu muito nessa especialidade. O que o paciente não pode é entregar-se ao desânimo. A vontade de viver é fundamental para o sucesso de qualquer tratamento.


7 – Uns morrem de câncer, outros o superam e recobram a saúde. Não haveria aí a fatalidade da morte. Para uns chegou a hora, para outros não?

Pensando assim seria o caso de renunciar a qualquer medicação, deixando tudo por conta do destino. O que se sabe é que os que renunciam ao tratamento raramente escapam da morte.

Os que se tratam, guardando os cuidados necessários, ganham maior espaço para viver. Podemos ter câncer por problema cármico, mas não temos necessariamente que morrer vitimados por ele. Na atualidade, são notáveis os avanços da Medicina, contabilizando índices altos de cura, principalmente quando o mal é detectado no início.






8 – Nesse aspecto, como podemos situar a ação da Medicina?

A Medicina é a misericórdia de Deus, minorando nossos padecimentos, quando inevitáveis, curando nossos males, quando possível. Em linhas gerais ela sustenta-nos a vida, oferecendo-nos condições para uma existência saudável e produtiva, atendendo às finalidades da jornada humana.



Fonte: Centro Espírita Jesus

DIÁLOGO- DR. INÁCIO FERREIRA (PLANO INFERIOR) E ANDRÉ LUIS NOSSO LAR - EXCELENTE !!


 - Dr. Inácio e André Luiz

Dr. Inácio, vive em uma colônia inferior (em questão de vibração) a de Nosso Lar e conseguiu permissão para ir a Nosso Lar, para tal viagem a uma esfera ainda superior. Encontra André Luiz que informa a seu amigo (Odilon) sobre o paradeiro de Chico:

— Desculpem-me mudar de assunto — interferiu Odilon, de maneira providencial. — Mas que notícias, André, você nos fornece sobre o nosso Chico? Ele passou pela cidade?...
— Que nada! ... Subiu direto e não temos informações precisas do seu paradeiro. Estamos preparando-lhe uma homenagem, porém não sabemos quando lhe será possível prestá-la... Por aqui, a nossa expectativa com a presença de Xavier superou a expectativa dos brasileiros pela conquista efetuada levada a efeito nos campos da Coréia e do Japão...
— Pelo menos — insisti —, não desconfiam na companhia de quem ele esteja?
Inácio, você pergunta e se arrisca demais — disse-me André, como se fossemos velhos conhecidos. —Não se esqueça de que o nosso pessoal lá embaixo é um tanto avesso às revelações deste Outro Lado... Quando publiquei “Nosso Lar”, quase desisti de seguir adiante; não fosse pelas palavras de incentivo do Dr. Bezerra de Menezes e da Ministra Veneranda, eu teria recuado... Ainda hoje, alegam que o meu trabalho équestionável, sob o pretexto de que eu não era espírita e que estagiei por mais de oito anos no Umbral, como se quase todos eles, ao deixarem o corpo físico, não fossem demorar-se nas regiões inferiores...
Fazendo breve silêncio, André, um tanto mais circunspecto, continuou:
- O nosso Xavier está na melhor companhia a que fez jus, pelo seu esforço e desprendimento... Mais tarde, temos certeza, ele virá ter conosco e, então, lhe prestaremos a merecida homenagem, pois, afinal de contas, interpretando-me o pensamento, ele pode ser comparado a um descobridor de novas terras...


2) Sobre a Colônia Nosso Lar hoje:

- E “Nosso Lar”, como é que vai? — indagou Odilon, cooperando com as anotações que, mentalmente, eu ia realizando.
- “Nosso Lar” mudou muito; a cidade cresceu assustadoramente e, pasmem, quase todo espírita que desencarna quer vir para cá. Tivemos, evidentemente, que controlar a questão da imigração espiritual... Estamos hoje em cerca de dez milhões de habitantes e a qualidade de vida, como não poderia deixar de ser, vem sofrendo... A “Nosso Lar” de nossa obra, escrita há quase sessenta anos, já não é mais a mesma; muitos dos nossos personagens já reencarnaram: Lísias, o próprio Ministro Clarêncio...


3) Reencarnação de André Luiz

— E você — questionei —, quando pretende descer?...
André sorriu e me disse:
- O cerco está apertando... Com a desencarnação de Xavier, fiquei, digamos, desempregado; tenho, sim, escrito páginas esparsas por um e outro médium, mas, neste sentido, a minha tarefa está concluída... Creio que, no máximo, dentro de dois ou três lustros, reencarnarei...
Daqui em diante, procurarei me preparar, ampliando os meus estudos específicos, já que pretendo voltar a atuar no campo da Medicina, agora dando ênfase ao seu aspecto espiritual, e, depois, algumas questões familiares permanecem pendentes no meu carma...
— Até no seu caso, com tantos “bônus-horas”?...
— Questionei, realmente surpreso.
- E por que não, Inácio?... Assim escrever livros nos isentasse de determinadas provas; eu vou ser chamado na condição de ser humano encarnado, a colocar em prática tudo que escrevi...
- Mas você não funcionou como médium?
— Não importa... Aproveite para dizer ao pessoal da mediunidade na Terra que toda teoria necessita ser sancionada pela vivência; o nosso Xavier fez as duas coisas ao mesmo tempo e se redimiu... A idéia de que ser médium significa só ser ponte é primitiva; à medida que os conhecimentos do medianeiro se dilatam, a sua responsabilidade se acresce: ele é convidado a uma participação efetiva em todo e qualquer processo de intercâmbio... Antes, o médium era meio; hoje, ele deve ser meio e fim...


4) Explicações de André Luiz, sobre a viagem

— A viagem será curta; um breve pouso, tempo suficiente para que observem o indispensável, e retorno imediato à base...
— Essas viagens interdimensionais têm sido constantes? — perguntei.
— Sim, porém ainda não dominamos perfeitamente a técnica, principalmente no que se refere às nossas próprias percepções; a luz intensa da Dimensão mais próxima, onde vocês estarão, bloqueia-nos a visão e nos sentimos enfraquecidos; muitos chegaram a desfalecer e tiveram que ser hospitalizados; a tendência da Luz maior é a de absorver a menor...

5) Inácio e suas falhas.

— Dr. Inácio — perguntou-me (André) —, nunca esteve antes em nossa cidade?
— Não, André, a vontade sempre foi muita, mas confesso-lhe que nem em estado de desdobramento... De modo geral, as minhas atividades me prendiam o espírito ao Sanatório; mesmo quando saía do corpo, eu permanecia na região, sem conseguir ausentar-me da esfera das minhas preocupações imediatas...
E disse-lhe, envergonhado:
— Li o seu livro, que se converteu em best seller, uma única vez e não tive oportunidade de ler, detalhadamente, os demais que lhe constituem a famosa série; desculpe-me, mas, para ler, como a maioria dos espíritas, eu sempre fui um tanto preguiçoso... Odilon, sim, era um assíduo leitor, pois, sempre que eu o encontrava, estava de livro nas mãos e tinha o hábito de ler caminhando...

6) Mesmo com falhas, Inácio era assistido

André Luiz diz a Inácio:

— Nós já o visitamos no Sanatório, em Uberaba, Doutor — revelou-me André com simplicidade —; por duas ou três vezes, na companhia do Dr. Bezerra, lá estivemos apreciando o seu trabalho... Quando a oportunidade nos ensejava, antes ou após as tarefas desenvolvidas na “Comunhão Espírita-Cristã”, passávamos por lá, conduzindo companheiros interessados no estudo da obsessão; aliás, visitávamos atividades semelhantes em toda a região do Triângulo Mineiro e de outros Estados; nem sempre podíamos ir juntos, mas nos dividíamos em diversas equipes, sob a coordenação do Dr. Bezerra de Menezes e Eurípedes Barsanulfo... Certa vez, participei de uma reunião dirigida por você com a médium Maria Modesto Cravo, e admirei o entrosamento de ambos no trabalho mediúnico; raros grupos, à época, conseguiam resultados tão satisfatórios...


7) A falta que Chico faz a André Luiz
Inácio pergunta a André Luiz:

- Desculpe-me perguntar — falei, aproveitando a chance —, mas você não sente certa saudade do trabalho que desenvolveu ao lado do nosso Chico, desde Pedro Leopoldo?... De anônimo seareiro na Vida Espiritual, você se tornou conhecido em todo o Brasil; inúmeras de suas obras foram traduzidas para outros idiomas e o seu pseudônimo se encontra inscrito na fachada de várias instituições espíritas...
Sem receio algum de mostrar-se emocionado, o interpelado respondeu-me:
— Estou me sentindo como quem houvesse desencarnado uma segunda vez, sem que sequer tivesse novamente reencarnado...
— Os nossos irmãos do mundo não acreditarão nestas palavras...
— Muitos nos consideram aquilo que não somos, ou seja, espíritos já completamente libertos de toda e qualquer emoção humana... Nós, os mortos, também sentimos saudades da Terra!... Os que fazíamos parte da equipe dirigida pelo venerável Emmanuel, em tarefa regular junto ao médium Xavier, estamos com várias reuniões programadas com o nosso Dr. Bezerra.
Careceremos de definir rumos e... cuidar da vida, que não cessa... Quanto a mim, digo-lhe que não esperava que a responsabilidade crescesse tanto, contudo, conforme lhe disse, uma nova experiência no corpo me espera...


8) Agora em Nosso Lar, tem o AéroCar

O veículo, que era conduzido por André, obedecendo-lhe ao comando mental, pousou suavemente sobre a relva, próximo a uma cascata que jorrava entre pedras dispostas em formato de coração. Para mim, eram tantas as novidades e surpresas, que eu me esquecera de reparar naquele aérobus em miniatura que nos transportara, sobrevoando o espaço aéreo da cidade...
Notando o meu interesse ao examinar o veículo, o devotado irmão esclareceu:
- À época em que escrevi “Nosso Lar”, o aérocar ainda estava em fase de experimentos; ele é constituído de matéria sutilíssima, intermediária entre o vidro e o plástico, extremamente leve, porém ultra-resistente a impactos...
— A impactos? — indaguei, curioso.
- Sim, por vezes, o trânsito aéreo por aqui também fica complicado...
— Qual é o combustível que o faz movimentar-se?
— Energia solar, e o índice de poluição é zero...
— E o custo também?
É claro!...

9) Chove em Nosso Lar??

— Chove em “Nosso Lar”? — quis saber, inteirando-me dos detalhes possíveis.
- Como não! — respondeu André incisivo. —Em seu estado gasoso, que para nós é líquido, é que a água existe por aqui; não temos aquelas tempestades que provocam enchentes devastadoras, mas, na estação oportuna, cai uma espécie de garoa que, sendo chuva muito fina, fertiliza o solo, aumenta o volume dos riachos e dos rios, saneia a atmosfera... Não se esqueça, Dr. Inácio, de que “Nosso Lar” e uma colônia situada próxima à Crosta e muitos dos fenômenos atmosféricos que atingem o Planeta, de forma mais atenuada, passam igualmente por nós... Apenas acima, na região fronteiriça a Dimensões pertencentes a outros orbes planetários do Sistema, é que o clima muda as suas características...


10) Sexo e Reprodução

Não foi sem grande surpresa que notei num galho de árvore a presença de um ninho entretecido com ramos e flores.
- Trata-se de uma espécie de rouxinol que se aclimou no “Bosque” — explicou-me André.
- Mas eles estão chocando?...
— E por que não haveriam de fazê-lo, Doutor? Seria a Terra um mundo mais perfeito do que o nosso? Enganam-se os que pensam que nós sejamos assexuados... A vida sempre passa de uma Dimensão a outra; rodeia-nos uma Dimensão invisível... Respiraríamos o quê? Ou os homens nos acreditam igualmente desprovidos de pulmões?
— E nascem crianças por aqui?...
André Luiz e Odilon se entreolharam e o amigo que nos acolhia respondeu-me:
— É claro que sim, no entanto convém que o senhor não se aprofunde agora neste assunto, pois correrá o risco de invalidar toda a sua obra... A Reencarnação éconstituída de nuances que os homens não poderiam entender. Se a população espiritual é maior que toda a população mundial, de onde viriam esses espíritos? Matematicamente, é impossível que procedam da Terra... De outros mundos físicos? Alguns, porém, não todos. Esses espíritos, Doutor, são oriundos de Dimensões localizadas acima ou paralelamente à nossa... O vazio ab-soluto não existe e a Vida palpita em toda parte; as diferentes Dimensões se intercomunicam. E existem passagens entre elas, e emigrar de uma para outra implica modificação em nível de perispírito e de forma... A Reencarnação, na verdade, é uma escada que, quando desce, se materializa e, quando sobe, se sutiliza. Os homens não deixam o corpo em definitivo; mais cedo ou mais tarde, sentem-se atraídos para uma nova experiência física; os espíritos que galgam outras Dimensões, muitos deles ainda não se emanciparam de seus compromissos por aqui... Não nos prendamos à terminologia e procuremos entender o processo reencarnatório como sendo um sistema de renascimento. De uma esfera espiritual a outra, os caminhos são intermediários, pois na Natureza, nada acontece abruptamente. É só o que, por enquanto, Doutor, eu posso lhe adiantar. O sexo, além da morte, não é algo pecaminoso: é instrumento de sublimação.


11) Vida na Espiritualidade

Dr. Inácio, se preparando para a viagem, a próxima Dimensão, no aérocar, olhando as pessoas de nosso lar.


- Em quase tudo — pensava comigo — semelhante à vida em uma grande cidade... Quais serão, aqui, os objetivos das pessoas? Sim, porqüanto a morte não nos priva, de improviso, dos objetivos da pessoa comum... Para onde caminham? Quais as suas ocupações? O que pensam da vida que deixaram lá embaixo?...
Por incrível que parecesse, muitos daqueles com os quais eu já havia me relacionado não ligavam a mínima importância ao que se passava na Terra; não lhes interessava sequer a sorte dos próprios familiares...
- Para que me preocupar — perguntou-me um deles —, se fatalmente acabaremos por nos encontrar; a morte não existe — eis o essencial, o resto é conseqüência da Vida...
(...)

Agora André Luiz diz:

Enquanto estava a caminho, eu vinha acompanhando o pensamento do nosso Dr. Inácio... Durante um bom tempo, eu também achei tudo muito diferente por aqui; inclusive, o Umbral, onde estive durante uns oito anos, me parecia mais humano... Aos poucos, porém, me habituei e, hoje, quando devo ir à Terra, confesso-lhes que, para mim, os nossos irmãos encarnados ainda vivem de maneira primitiva; obra fantástica da evolução, o corpo físico me parece agora excessivamente animalizado, com todas as suas necessidades... Determinados órgãos que ainda continuam a existir em nosso perispírito, não têm função alguma além da morte — reativam-se tão-somente quando nos lançamos a uma nova experiência física... Mas não podemos nos atrasar: dentro de duas horas, o vôo de que ambos participarão à Próxima Dimensão terá o seu início. Conversaremos a caminho.


12) A Viagem

a) Preparação
O veículo que nos conduzia estacionou a certa distância e dirigimo-nos para um módulo que me parecia constituído de material semelhante ao vidro, tal a sua leveza e transparência. André, que tinha acesso a todos os setores da cidade, sem que se fizesse anunciar, menos no Palácio da Governadoria, foi nos guiando por um extenso corredor, que, automaticamente, ia lhe descerrando as portas, até nos levar à presença do Chefe da Estação.
(...)

• A Nave

Apertando um botão no colorido painel, uma ampla janela de duas folhas se abriu e pudemos ver a “Capitão Nebo” mais de perto, cujo comprimento não excede ao de um carro confortável; por ser semitransparente, podíamos vê-la por dentro, reparando no seu mecanis-mo simples...
— Os nossos cientistas — explicou-nos o Dr. Dawson — já conseguiram eliminar grande número de peças; as nossas naves são imantadas por um campo de força que não lhes permite fugir à rota traçada. É como se um ímã a mantivesse interligada à Plataforma de Lançamento e à Estação de destino... Isto facilita sobremodo, pois o risco de pane é menor.
— Pane?... — indaguei, perplexo.
- Sim, por que não? — respondeu o Dr. Dawson. No “Sistema”, só Deus está isento de pane, o senhor concorda?

• As Roupas

— Dentro de 30 minutos zarparemos, a nau já está devidamente preparada e convém que os nossos dois tripulantes se vistam adequadamente — esclareceu o simpático Nielsen, ao nos dar as boas-vindas.
Entrando numa pequena cabine, eu e Odilon nos despimos e envergamos uma espécie de macacão todo dourado, equipado com câmeras, microfones e fones de ouvidos.
— Para que todo este aparato? — perguntei a Yuri, que nos acompanhara.
- Para melhor nos comunicarmos entre nós — respondeu. — Na DVI, em algumas áreas, poderemos ficar completamente sem retorno...
— Sem retorno do quê? — insisti.
— Do pensamento... Na DVI, à semelhança do som que não se propaga em determinado meio ou, então, se propaga com maior lentidão, carecemos de recorrer a...
— Microfones e fones de ouvidos?... Positivo! ... O pensamento, que é constituído de
ondas eletromagnéticas, se perde sem eco e a comunicação se faz impossível...
— Isto é demais para a minha cabeça de psiquiatra — comentei, enquanto ajustava os echos da roupa que nos colocara no corpo espiritual.
— Sem dúvida, que é — respondeu o Aspirante, laconicamente.

• A nave (mais detalhes)

A nave espacial que nos conduziria à DVI era de forma esférica, à semelhança de um OVNI, e constituída de material extremamente leve; dentro dela, havia espaço apenas para quatro pessoas. Já o painel, com tantas teclas e botões coloridos, seria impossível de des-crever, principalmente para mim que apenas presenciei o advento do computador — nunca entrei na cabine de um avião e, portanto, não tenho elementos de comparação para melhor descrevê-lo...
O Dr. Dawson, que nos acompanhara, despediu-se de mim e de Odilon, caçoando, antes que tomássemos lugar na “Capitão Nebo”:
— Em caso de acidente, saibam que a morte não existe...

(...)

Sinceramente, eu não saberia lhes dizer qual a natureza do material em que a “Capitão Nebo” se estrutura; Nielsen disse-me o nome, mas a palavra me soou aos ouvidos como um amontoado de consoantes sem significado.
Os vidros laterais se fecharam e, acionando pequena tecla amarela, a nave entrou em funcionamento silencioso e, rápido, começou a se elevar da plataforma, imitando o movimento de um helicóptero sem hélices.

• Velocidade e Direção da Viagem

— Viajaremos à velocidade da luz e, portanto, não nos será possível apreciar a paisagem; em alguns pontos, diminuiremos sensívelmente a aceleração e, então, vocês poderão perceber alguma coisa do Cosmos...
— A velocidade da luz, para alcançar algo que está tão próximo? — perguntei ao microfone acoplado à roupa especial.
— Tão próximo e, ao mesmo tempo, tão distante, Doutor — respondeu-me Nielsen. — Nada mais próximo, porém, nada tão distante quanto o Criador da criatura; nenhum continente é imaginariamente tão longínquo que do homem quanto o seu próprio mundo interior. A questão, Doutor, não é exatamente de distância...
— Que direção estamos tomando? — indaguei, tentando desviar a mente de preocupação.
Estamos subindo ou descendo, para a direita ou para a esquerda?
- Esta segunda pergunta é mais dificil do que a primeira; temos, evidentemente, uma rota, mas o seu sentido depende do ponto de referencia que estabelecemos... Digamos que estamos subindo e avançando...

• Tempo

Não sei precisar quanto tempo se passou — alguns poucos segundos, talvez — e Nielsen nos explicou:
— Estamos atravessando um espaço sem gravidade, ou, pelo menos, sem gravidade convencional: é uma espécie de fronteira magnética entre uma Dimensão e outra; não se preocupem: a nave se converte em um planador e segue sem alterar a rota; aproveitem para apreciar a paisagem...

• Visão

— O que estamos vendo? — perguntei. — Algum planeta nosso conhecido na Terra ou alguma estrela que os astrônomos encarnados já tenham identificado?
- Nem uma coisa nem outra; são esferas espirituais, inacessáveis ao olho humano: é a parte positiva do Universo...
—A parte positiva do Universo?...
- Sim, Doutor, a negativa é a que se constitui de matéria densificada; a morte, figuradamente, é a Vida em seu aspecto positivo... Tudo se apóia e existe em função de um contraponto — Criador e criatura, Vida e morte, Bem e mal...

• Buraco Negro

- Entramos em algum “buraco negro”?
- Sim, o que os homens tem chamado de Antiuniverso, ou Universo Paralelo...
- Que beleza extraordinária! — exclamei. Tenho a impressão de que estamos navegando no mar; a nossa nave espacial parece singrar determinadas ondas cósmicas!

• Outros seres do Universo
Nielsen sorriu e concordou. Bolhas flutuando, de cores inimagináveis e formatos variados, pairavam no Espaço — de todos os tamanhos e consistências...
— Algumas dessas “bolhas”, Doutor, são habitadas.. Habitadas? Por quem?
- Por seres inteligentes...
- Humanos?
Ante a ingenuidade da minha pergunta, nem Odilon conseguiu deixar de sorrir, complacente.
— Doutor — falou-me o Comandante —, a forma humana é uma das mais primitivas expressões de vida inteligente...
- Eu sempre me achei feio, mas nem tanto — procurei descontrair.
Estrelas minúsculas pareciam brincar no firmamento sem gravidade e alguns “corpúsculos” pareciam se aproximar da nave, auscultando-nos a intenção.
— O que são? — argüi, observando aqueles “pontos” que se destacavam dos demais, movimentando-se com racionalidade.
- São os seres que habitam as bolhas flutuantes...
— Espíritos?
— Sim...
— Sublimados?...
— Não... A sua evolução se vincula ao sistema de Vida da Próxima Dimensão; nunca estiveram na Terra e, provavelmente, nunca estarão...
— Fica difícil compreender — afirmei, com idéias que se me confundiam na cabeça.
- Não tente, Doutor, não tente — aconselhou-me Nielsen.
- Esses seres reencarnam? — insisti.
- Digamos que tomarão corpo na Dimensão Vizinha — corpo e forma...
— São bons ou são maus?
- Melhores, Doutor, bem melhores do que os espíritos sem forma que nos rodeiam, ou seja, que rodeiam os homens encarnados...
— Está se referindo aos chamados corpos ovóides? Não somente a eles, mas também aos
elementais, aos espíritos disformes, amorfos, aos que se encontram em estado de transição...
— Eu nunca soube deles, os em estado de transição...
— Mas eles existem... Se somente o que somos capazes de conceber existisse, a Vida seria infinitamente pobre!


13) Aterrizagem

De repente, a “Capitão Nebo” sofreu mais acentuada aceleração e Yuri explicou:
- Estamos deixando o “cinturão sem gravidade”... Pousaremos na DVI em poucos instantes — avisou-nos Nielsen. Deixaremos a nave e não nos demoraremos mais do que o suficiente para alguns registros de estudo; os nossos irmãos estão avisados da nossa visita, mas aqui nos sentiremos como o peixe que, fora do habitat natural, não consegue respirar por muito tempo; o nosso corpo espiritual não se adapta: o ar que aqui se respira, não serve para os nossos pulmões...
Não adianta ao homem querer ser anjo, antes de sê-lo...
A “Capitão Nebo” iniciou a sua aterrissagem em DVI e, quando tudo se aquietou, as duas portas laterais abriram-se sem qualquer ruído.


14) Primeiros contatos com Seres da Outra Dimensão


Nielsen e Yuri desceram primeiro e, ambos, com a destra erguida saudaram:
— O povo espiritual da Terra vem em missão de paz!...
A luz se intensificou lá fora e o Comandante consentiu que eu e Odilon descêssemos sobre a improvisada plataforma de pouso.
Infelizmente, eu não tenho como descrever o que vi e o que senti. Cinco “seres de luz” se aproximaram de nós e um deles, se destacando, começou a tomar forma humana, semelhante à nossa.
— Eles podem se transfigurar com facilidade — disse-nos Nielsen —; está copiando a nossa forma com o propósito de deixar-nos mais à vontade...
- Sejam bem-vindos, em nome do Divino Senhor da Luz — cumprimentou-nos.
- A Quem ele está se referindo? — perguntei a Yuri, que permanecera ao meu lado.
- A Jesus Cristo!...
- Quem são os dois novos amigos? — indagou se referindo a mim e a Odilon. É a primeira vez que estão vindo com vocês? Não me recordo deles...
Nielsen respondeu:
— Trata-se de dois companheiros vinculados àTerra; um deles é recém-chegado entre nós e ambos foram convidados pelo Dr. Dawson...
— Residem em “Nosso Lar”? — perguntou, dando-me, no entanto, a impressão de que conhecia praticamente tudo sobre mim e Odilon.
— Não; residem noutra Colônia, localizada nas imediações em que vem sendo desenvolvido importante trabalho de espiritualização no Brasil. Foram contemporâneos do médium Xavier, aquele que se fez instrumento das revelações de André Luiz, que também já esteve aqui conosco...

• Chico

- Soubemos de Xavier — afirmou a entidade sem nome, prosseguindo: — O trabalho dele possibilitará, no futuro, passos mais importantes e decisivos para que a Humanidade empreenda...
Ao deixar o corpo que, um dia, ocupamos de forma semelhante em outros orbes, ele se elevou acima da Dimensão que habitamos... Presenciamos o cortejo iluminado que o conduziu.
Eu estava estupefato e, sinceramente, não sabia em que atentar, se no diálogo que a entidade transfigurada mantinha com o Comandante da expedição ou nas edificações que podia divisar nas proximidades; a cidade deles, se é que posso chamar o que via de cidade, era toda de vidro ou de material semelhante; as edificações eram lindas e praticamente flutuavam, de tão leves e translúcidas; davam-me a idéia de casas em formato de redoma, algumas maiores, outras menores, impossíveis de descrever em seus traços arquitetônicos, pois não havia uma sequer absolutamente igual a outra...
- Os senhores desejam formular alguma pergunta? — falou Nielsen, dirigindo-se a nós.
— Não se esqueçam de que o nosso tempo de permanência é curto...
Digo-lhes que, por mais me esforçasse naquele instante, não consegui coordenar o raciocínio; eram tantos os questionamentos, porém como me expressar, se eu não conseguia sequer me movimentar?... Pela primeira vez, tive medo — medo de que o meu cérebro estourasse... Eu queria saber, sim, mas por onde começar? Tive vergonha e me senti um verme, diante daquela entidade que irradiava amor, o mais puro sentimento de amor que eu jamais sentira. Comecei a me considerar indigno de pisar aquele chão...
Percebendo-me a angústia, o ser de luz se me dirigiu com extrema bondade:
— Somos irmãos: não se recrimine... Onde quer que estejamos, estamos na Casa de Deus! Não se aflija intelectualmente; procure tão-somente guardar estes instantes no coração... A Verdade transcende o domínio das palavras; é impossível conhecê-la em sua essência, se não aprendemos a senti-la... Você não conseguirá traduzir esta experiência com a terminologia ao seu alcance; doravante, apenas quem conseguir fitar os seus olhos saberá o que pretende dizer a respeito... Os Discípulos do Cristo, denominados Evangelistas, por causa de semelhante fenômeno, só depois de muitos anos é que conseguiram transportar algo do que ouviram e presenciaram para o papel... Acalme-se, Inácio Ferreira! — disse-me a entidade, envolvendo-me em vibrações de paz que percorreram todo o meu corpo e se me centralizaram no coração.

O ar, que começara a me faltar, insuflou-me os pulmões, uma sensação de extrema leveza me possuiu e lágrimas discretas me deslizaram no rosto...
- Lágrimas!... — exclamou a entidade, aproximando-se e tocando-me as faces com o que suponho ser a ponta dos dedos. — Há quanto tempo eu não as via!... Por aqui, exprimimos de forma diferente as nossas emoções...
Naquele instante, diminuta pétala resplandecente se destacou dos lábios da entidade e procurou a palma da minha mão, como se me ofertasse um ósculo de amizade eterna e, em seguida, dirigiu-se a Odilon, que a recebeu de cabeça inclinada, como quem não se julgasse merecedor de tamanha deferência.
Enquanto nos entendíamos, diversas outras entidades se aproximaram... Quem seriam?
Como se chamavam? Eram todas adultas? De que se ocupavam?...
— Inácio Ferreira! — repetiu o interlocutor, captando o teor dos meus pensamentos, que, agora, haviam se asserenado, embora eu continuasse me sentindo incapa-citado de pronunciar qualquer palavra. — O caminho para o Mais Alto começa sobre a Terra... Por enquanto, lhe será inútil tentar compreender como vivemos; em nós, nada mais resta senão resquícios do corpo espiritual, passível de transcender a si mesmo... Não, ainda não nos despojamos totalmente das imperfeições e ansiamos por viver na Dimensão onde a única forma que prevalece é a do chamado corpo mental... Mais acima, figuradamente alguns anos-luz de onde nos situamos, fica o Mundo das Essências.
— Que contraste com a nossa humilhante condição humana! — pensei.
— Abençoada condição humana, meu irmão, você deveria dizer... Quem vê a semente de trigo atirada ao monturo não imagina que ela se transformará em pão; quem anota singelo filete d’água correndo entre as pedras, ignora que ele seja o berço do rio caudaloso que corre na direção do mar... Não se permitam desalentar. A ascensão é penosa mas repleta de surpresas maravilhosas... Mesmo tendo que retomar o corpo de carne repetidas vezes, não se esqueça de que, onde estiveres, estarás a serviço do Senhor. Nada mais magnífico do que a possibilidade de o Espírito plasmar a si mesmo!...


• Conflitos

Ante o Comandante, que consultara o cronômetro, a entidade prosseguiu, solícita:
— Conflitos por aqui? Sim, ainda os temos mas não oriundos de interesses pessoais; as opiniões desencontradas em nossa Dimensão surgem da necessidade de melhor compreendermos a Verdade: aqui, a Religião é a nossa Ciência, e vice-versa... Ainda não somos detentores de todas as respostas; divergimos na interpretação, mas não dissentimos na aplicação... Não temos guerras e os nossos sistemas religiosos se unificaram; temos um único templo de Fé, onde todos se dirigem ao Autor da Vida de acordo com os seus sentimentos...
— Vocês podem viajar à Terra? — quis saber, aproveitando a oportunidade que talvez me fosse única.
— Sim, raramente, no entanto a visitamos com freqüência...


• Médiuns

E, virando-se para Odilon, acrescentou:
— Nas Dimensões que nos antecedem, temos os nossos médiuns; a mediunidade é a faculdade espiritual que funciona como traço de união entre todos os seres e todas as coisas, integrando-nos em Deus e na Vida!... Ela é o nosso elemento de transição, em nível psíquico; é, por assim dizer, o nosso primitivo instrumento de comunicação... Graças à mediunidade, do Criador à forma mais rudimentar de vida, tudo se encontra interligado!

• Porque Partir de lá tão rápido??
— Precisamos partir — comunicou Nielsen a Yuri.
— Não poderíamos — indaguei — caminhar um pouco?...
— Não nos convém, Doutor — respondeu-me o Comandante.
— Porque motivo?
— Correríamos o risco de não conseguirmos voltar...
— Talvez, de fato, fosse melhor ficarmos por aqui...
— Não nos adaptaríamos; se não ensandecêssemos, haveríamos de pedir que se nos aplicasse algo para nos induzir ao esquecimento — esclareceu Nielsen, com propriedade.
— Eu sei — redargüi —; embora tudo que vejo e tudo que sinto, isto não deixa de ser estranho para mim... Prefiro a minha cama, o meu pijama e, se ainda pudesse, o meu cigarro... Ah, como eu tenho necessidade de me sentir humano!
A entidade, “ouvindo-me”, sorriu e comentou:
— Inácio Ferreira, você compreendeu!...
— Por quê você insiste em me tratar pelo nome? —indaguei, intrigado.
— Uma ponta de saudade de ser humano — disse-me, continuando a sorrir —; mesmo para nós, ainda não é fácil perder as especificações...
Yuri, que nos antecipara no reembarque, já acionara a “Capitão Nebo”.

• Uma Lembrança de Inácio a Entidade de Luz

Antes de partir, procurei comigo algo que pudesse deixar com a entidade à qual eu me afeiçoara; tateei o macacão, que não tinha bolsos e, em vão, olhei à minha volta...
Percebendo-me a intenção, a entidade, vindo em meu socorro, falou-me com ternura:
- Não se preocupe, mas se é este o seu desejo, pense e bastar-lhe-á pensar para que o objeto de seu desejo tome forma; eu o auxiliarei a materializá-lo...
O que, porém, deixar-lhe como lembrança minha? Naquele instante, não sei por que, veio-me à mente uma caixa de lenços, com as minhas iniciais com que a minha mãe me presenteara um dia... E, bastou-me pensar naquele lenço azul, o meu preferido, que a minha mãe brigava comigo para poder lavar, e, no mesmo instante, como se tivesse saído do bolso do meu jaleco, o lenço com as minhas iniciais bordadas em prata estava em minhas mãos... Espantado, estendi-o a ele, que, de volta, me ofereceu uma pétala fosforescente, à semelhança daquelas com que os espíritos amigos nos presenteiam nas sessões de materialização...

15) Partida da nave

Adentramos a nave e tomamos assento. A porta se fechou lentamente e aquele ser de luz, que havia se transfigurado para receber-nos, retomou a sua antiga forma:
uma esfera pulsante, iluminada, capaz de pensar, de sentir e de extraordinária força mental.
— O que você me diz, Odilon? — provoquei, na esperança de que o amigo me falasse que aquilo tudo não passava de um sonho.
- Inácio Ferreira! — respondeu-me, descontraído. Você me desculpe, mas não sinto a menor vontade de conversar...
— Não?...
— Não!... Melhor que eu pense na turma do Liceu...
— E eu, nos meus doidos... Desculpem-me! — solicitei a Nielsen e a Yuri, que me olharam sem entender.
Varando uma daquelas bolhas gigantes, pela qual havíamos entrado, atravessamos a fronteira e pude ver o Sol...

• Alívio de ser Humano!

— Graças a Deus! — exclamei. — De volta para casa!... Estou ansioso para voltar e ver os meus doentes. Não me levem à mal — disse, dirigindo-me ao Comandante e ao seu Imediato —, no entanto eu também daria tudo por uma xícara de café quente... Café quente, Inácio?
— Sim, Odilon — expliquei —, café quente... Estou me lembrando de uma reportagem que li, certa vez, com o nosso Chico Xavier: ele descreveu que Emmanuel o levara, em estado de desdobramento, para tentar compreender a posição de Jesus Cristo dentro do Sistema Solar; acompanhado do Benfeitor, o médium começou a subir, deixando astros e estrelas para trás... De repente, sentindo-se perdido no Infinito, solicitou que Emmanuel o reintegrasse, às pressas, no corpo de carne, pois ele preferia acordar e tomar um café quente...
Um tanto exaltado, conclui:
— A minha sanidade são os meus pacientes Odilon... Deus meu, estivemos participando de uma película cinematográfica em terceira dimensão; aquilo não existe... Estou doido para caminhar com os meus pés!...
— Não existe, Inácio? E esta pétala fosforescente em sua mão?
De fato, eu havia me esquecido; o presente da fraterna entidade que, hoje, girando como relíquia dentro de pequena redoma, ainda brilhava na minha destra cerrada.
— Não se preocupe, Doutor — falou-me Nielsen — são comuns a passageiros esses estados de alteração em “marinheiro de primeira viagem”...
Quando a nave, finalmente, pousou, o Dr. Dawson e André Luiz vieram ao nosso encontro.
Eu estava me sentindo extremamente cansado e necessitei ser amparado por Odilon.

• Tempo da Viagem

- Quantos minutos? — perguntou Nielsen ao Dr. Dawson.
— Pela cronologia terrestre, duas horas exatas... Pela nossa, em “Nosso Lar”, foram vinte minutos — informou Yuri.
— Então, pela cronologia de DVI, dois minutos —comentou o Dr. Dawson com André Luiz. — Excelente marca; a continuar assim, dentro de mais alguns anos de pesquisas, quem sabe conseguiremos dobrar ou triplicar o nosso tempo de permanência...
— Dr. Inácio, como é que o senhor está se sentindo?

• Inácio passa mal

Mal terminei de ouvir a pergunta que André me dirigia e desabei, para acordar, tempo depois (não me perguntem quando...), recebendo oxigênio puro em confortável cama hospitalar.
Não fora a viagem em si que me afetara o equilíbrio do corpo espiritual, igualmente sujeito a um sem-número de variações; o que me abatera fora o inusitado da experiência, o imaginável tornado real, a minha falta de cabeça para organizar aquilo tudo dentro de mim...
Por um bom tempo, eu demoraria a me recuperar. Sendo examinado por André Luiz, o médico amigo me aconselhou:
— Quanto mais depressa você voltar às atividades do hospital que dirige, mais prontamente se restabelecerá.

• Reflexões de Inácio

Assim sendo, quando pude caminhar, sem experimentar aquelas vertigens e aquele abafamento, o Dr. Dawson providenciou para que um aérocar nos reconduzisse à Colônia que habitamos. Que beleza —confesso-lhes —, tomar “o caminho da roça”! ... E, enquanto regressava, meditava comigo: não dá para subir mais... É daqui para a Terra de novo! ... Não tenho cérebro para viver e respirar fora do meu ambiente... E pensei: “Meu Deus, o que Jesus Cristo não terá passado para viver entre os homens, há dois mil anos!... Como éque Ele pôde se adaptar aqui?...”
Agradeci ao estimado Odilon pela companhia e pelos dias em que ele se manteve preocupado comigo.

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"Nosso Lar" retrata as condições da vida além-túmulo, objetivando comprovar a eternidade do Espírito, o estreito relacionamento entre os dois planos da vida e a riqueza das atividades desenvolvidas nas esferas invisíveis ao olhar humano. Em 50 capítulos, analisa e esclarece assuntos como: alimentação no Plano Espiritual; culto familiar; lei de causa-e-efeito; música; remuneração de serviço; e zonas inferiores. Narra experiência pessoal, destacando o encontro com a própria consciência como a maior surpresa diante da morte carnal. Comprova ser a Terra oficina sagrada onde o homem deve aprender a elevar-se, aproveitando dignamente a oportunidade que o Senhor lhe concedeu. "Fonte da sinopse-www.cveed.org.br"
Minisérie Nosso Lar, uma adaptação para radionovela.
Produção LBV, direitos autorais FEB.
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Narrativa de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
O Evangelho Segundo o Espiritismo compõe-se de 28 capítulos, 27 dos quais dedicados à explicação das máximas de Jesus, sua concordância com o espiritismo e a sua aplicação às diversas situações da vida.
O último capítulo (não presente nesta versão em áudio) apresenta uma coletânea de preces espíritas sem entretanto constituir um formulário absoluto. Os ensinamentos que contém são adaptáveis a todas as pátrias, comunidades e raças. É o código de princípios morais do Universo, que restabelece o ensino do Evangelho de Jesus, no seu verdadeiro sentido, isto é, em Espírito e Verdade. Sua leitura (audição) e estudo são imprescindíveis aos espíritas e a todos que se preocupam com a formação moral das criaturas, independente de crença religiosa.
É fonte inesgotável de sugestões para a construção de um Mundo de Paz e Fraternidade.
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Que são dois milênios no relógio da Eternidade? A humildade do Espírito Emmanuel nos proporciona esta narrativa da existência carnal em que foi o orgulhoso senador romano Públio Lentulus e obteve designação para alto cargo na Palestina, na época em que Jesus transmitia à Humanidade Seus ensinamentos imortais. Nesse livro mediúnico, o leitor sentir-se-á participante da História do Cristianismo no século I, do cotidiano das arrogantes e preconceituosas famílias patrícias, em contraponto com a simplicidade fraterna dos primeiros seguidores de Jesus e do comovente encontro entre o Cristo de Deus e o altivo representante de César. Pontuada por sofrimento e alegria, fortuna, esplendor e miséria, arrogância, abuso de poder e escravidão, resignada ou revoltada, seqüestros, raptos, vinganças, ciúmes, ódios, calúnias, crueldade e benevolência, brandura e perdão, temos a história do Senador Públio Lentulus, de sua filha e de sua amorosa esposa Lívia, convertida aos sublimes ensinamentos do Mestre Jesus. As anotações íntimas e depoimentos do Autor - Emmanuel - testemunham a necessidade, também no plano invisível, de esforço, paciência e fé raciocinada para lutar, resgatando nossas faltas passadas, a caminho da redenção
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